Up Business School

 


Projecto: Up-Business School

Localização: Matosinhos, Porto, Portugal

Ano: 2011

O terreno proposto para as novas instalações da Escola de Gestão do Porto – University of Porto Business School / EGP-UPBS, localiza-se em Matosinhos, numa zona historicamente ocupada por grandes equipamentos fabris.
Apesar da profunda mudança funcional ao longo das últimas duas décadas, é ainda reconhecível o carácter industrial da zona, não só pela manutenção e previsível reconversão de construções fabris (de que o edifício da EFANOR constitui o exemplo mais significativo), assim como pela escala e dimensão das novas construções. O carácter industrial da zona é particularmente apreensível a partir do acesso preferencial ao terreno, desde a Rotunda AEP, a sul, contrastando com a escala habitacional dos edifícios localizados imediatamente a norte e que constituem o núcleo urbano da Freguesia da Senhora da Hora.
Localizadas neste ponto de charneira, entendemos que as novas instalações para a EGP-UPBS devem articular a desproporção de escalas, assegurando uma qualidade de relação com espaço público frequentemente esquecida nos “novos centros”.
A estratégia de intervenção urbana para o novo edifício da EGP-UPBS consiste, então, na definição de dois corpos elevados do solo, articulados ao nível térreo por um corpo central de recepção e pela generalidade do programa de franco acesso público. O edifício desenvolve-se deste modo ao longo do eixo longitudinal do terreno, com rés-do-chão (parcialmente liberto) e dois pisos, no sentido norte-sul. No confronto com a Avenida Fabril do Norte, a nascente, o edifício tem cerca de 90m de comprimento; a sul, na fachada voltada para a Rua João Mendonça, a presença do edifício é marcada por dois corpos de 18m e 19m. A formalização volumétrica adoptada permite, permite, desta forma, a articulação entre as grandes áreas de implantação das construções de raiz industrial, a sul, e a cércea reduzida dos edifícios de habitação e da Igreja de N. Sr.ª da Hora, a norte e a poente.
Esta estratégia de implantação e formalização volumétrica, para além de assegurar uma boa articulação com a envolvente, é condizente com a vontade em assegurar uma imagem marcante para o edifício, reflectora do carácter dinâmico e empreendedor da própria EGP-UPBS.
A grande permeabilidade do piso térreo, seja a nível espacial, seja a nível visual, complementa o carácter comunicativo deste nível. Para os pisos 1 e 2, é proposta uma fachada dupla, definindo uma galeria/filtro na relação com o exterior. No perímetro desta estão previstos painéis sombreadores deslizáveis, que podem ser manobrados pelos próprios utentes da EGP-UPBS. A fachada é desta forma unitária, mas dinâmica, deixando transparecer a utilização do próprio edifício.